Um passo ou dois
desliza o chão
ritmo da vida
antes ou depois
batuca o coração
som da despedida
feijão ou arroz
toda refeição
quer ser comida
retirou ou pôs
desejo na mão
vontade reprimida
fostes ou sois
silencioso refrão
voz dividida
O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
Pages
segunda-feira, 17 de julho de 2017
terça-feira, 4 de julho de 2017
PLENITUDE
Entre o que fui
e serei
a mudança
rasgando o presente
abrindo caminhos
Onde meus passos
se quero voar?
marco o chão
com a sombra
das asas
o vento já não sopra
a dança da liberdade
é que faz ventar(o)lar
Não há fronteiras
para o
risco alado
de não querer pousar
sábado, 1 de julho de 2017
simulacro
Nunca é você.
Feito de nada,
atravessado,
quieto em gritos
guardados
num silêncio
morno e vazio.
Sua boca sempre.
Ensaio de canção
muda, sem tom,
surda de não dizer.
No olhar a cegueira.
Nenhum brilho
retinas cerradas.
Todo o horizonte
no risco do delineador.
Um rosto coberto.
Máscara de absurdos
disfarce no espelho
do ser que não é.
Assinar:
Postagens (Atom)